Abertura da II CNC



Arte por toda parte na abertura da II Conferência Nacional de Cultura. Circo, dança, música, poesia, malabares de fogo, pernas de pau e tambores, entre um discurso e outro, mostravam o ar de sua graça, apareciam do meio do público e encantavam o teatro lotado.

Antônio Nóbrega, o eterno brincante, saudou os participantes em nome de todos os artistas. Em seu discurso, Nóbrega falou da importância da Conferência, que traz como mote a liberdade de expressão do povo brasileiro e das datas significativas que envolvem o evento: ano em que o Ministério da Cultura comemora seus 25 anos e que Brasília completa seu cinquentenário.

“Estar aqui hoje é uma grande emoção, não só como artista, mas como cidadão. Li o texto base da Conferência e achei fantástico, porque ele foi construído, escrito, por vários cidadãos, de vários lugares do País, com questões vitais para a nossa cultura e uma questão muito especial: nossa cultura apresenta diversidade dentro da unidade ou a unidade dentro da diversidade?”. A resposta para sua inquietação, Nóbrega deu dançando, ao som de Johann Sebastian Bach – que se fosse brasileiro em vez de alemão se chamaria João Sebastião Ribeiro, como ele comparou – e, com leveza e graça, dançou os passos do maracatu, do coco de roda, da capoeira, do cacuriá e do bumba meu boi, ao som da música clássica. “Essa é a maneira mais plena que tenho para saudar esta Conferência e espero que os artistas se sintam representados”, afirmou Nóbrega.

Gog, artista da Ceilândia (DF), aproveitou seu discurso e fez seu rap para um público versátil e emocionado, que mostrava sua diversidade em suas vestes de maracatu, cocares indígenas, roupas tradicionais das religiões de matriz africana e chapéus de palhaço.

Chico César deixou as madeixas e o público balançarem. Mônica Salmaso com sua voz doce e serena encerrou as atividades culturais do primeiro dia do encontro, que contou ainda com a Intrépida Trupe e com a interpretação do hino nacional por Célia Porto e Nelson Aires.

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